Domingo, 10 de Março de 2013
No dia 6 de março comemorou-se o Dia Europeu da Terapia da Fala. As terapeutas da fala da EB 2,3 de Lamaçães assinalaram este dia através da realização de duas atividades. A primeira atividade teve como objetivo divulgar algumas estratégias de comunicação junto dos docentes da mesma escola, tendo-se colocado na sala dos professores informação relativa a este assunto. A segunda atividade ocorreu durante a tarde de quarta-feira, onde se formaram grupos de trabalho com as turmas dos alunos surdos. As atividades tiveram como objetivos mostrar a importância do terapeuta da fala na educação e formação dos alunos surdos. Para além das duas terapeutas da fala, estiveram presentes em todos os grupos a intérprete Sónia Coelho e a estagiária de terapia da fala Joana Oliveira. Participaram também as docentes de educação especial Joana Lemos, Luísa Campos e Natália Maltez, os formadores de LGP Bruno Remédios e Ivone Pereira, e a professora de matemática Olga Basto.
Imagens 1 e 2: separadores nas mesas da sala dos professores
Imagem 3: folhas dos audiogramas preenchidos nas diversas turmas
Os alunos participaram ativamente nas atividades, levantando questões acerca do tema e dando a sua opinião com base nas suas experiências. Os profissionais valorizaram a iniciativa e reconheceram a importância de debater esta temática.
Terapeuta Liliana Costa e Terapeuta Sofia Maia Couto
Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2013
No próximo dia 6 de março comemora-se o Dia Europeu da Terapia da Fala. Para sensibilizar os alunos surdos da EB2,3 de Lamaçães relativamente à importância deste profissional na sua educação e formação, as terapeutas desta escola organizarão uma tarde dedicada ao tema. Os alunos serão distribuídos por grupos e realizarão atividades sobre as características da sua audição e sobre as áreas da linguagem exploradas nas sessões de terapia.
Desta forma, pretende-se criar um ambiente lúdico, com interação entre os pares. As sessões são normalmente individuais e, com esta atividade, os alunos poderão refletir em conjunto e lançar questões sobre o tema.
Terapeuta Sofia Maia Couto e Terapeuta Liliana Costa
Segunda-feira, 9 de Março de 2009
O terapeuta da fala, de acordo com a ASHA (American Speech Association), intervém ao nível da prevenção, diagnóstico, habilitação e reabilitação da comunicação, deglutição, e outras perturbações acima do sistema digestivo; modificações de comportamentos comunicativos e melhoria da comunicação.
Assim, numa Escola de Referência, após a detecção de uma surdez, a criança é alvo de uma avaliação onde são recolhidas todas as informações pertinentes junto da criança, da família e outros profissionais envolvidos (educadores/professores quer do ensino regular quer do ensino especial, audiologistas, otorrinolaringologista e outros profissionais envolvidos) através do diálogo, observação e aplicação de instrumentos de avaliação específicos. Com base nas informações recolhidas, identificam-se as necessidades da família e da criança e traça-se um plano de intervenção, atribuindo um papel preponderante à família neste processo. Pretende-se prioritariamente proporcionar uma melhor qualidade de vida da família, promovendo o desenvolvimento comunicativo e linguístico da criança.
A intervenção é realizada de forma directa e indirecta
· Intervenção directa - realizada individualmente com a criança com frequência semanal (três vezes por semana para crianças até aos seis anos e duas vezes para as restantes até aos catorze anos de idade), estando sempre que possível presentes os pais e /ou outros elementos importantes para a criança;
·Intervenção indirecta - tem igual ou ainda maior importância, consiste no estabelecimento de estratégias de comunicação com a família, os pares, educadores/professores e outras pessoas importantes pertencentes aos contextos da criança.
Desta forma, pretende-se melhorar e promover o desempenho comunicativo e linguístico para que a criança seja o mais funcional quanto possível. Faz parte ainda do papel deste profissional:
·Identificar barreiras e facilitadores da comunicação da criança, minimizando as primeiras e proporcionando maiores oportunidades de comunicação com as segundas; ·Colaborar com outros profissionais de forma a potenciar o nível de audição (otorrinolaringologistas e audiologistas) e a performance comunicativa (todos os outros, nomeadamente os pais);
·Realizar a reabilitação e habilitação da criança e dos contextos em que se encontra inserida;
·Participar em rastreios e despistes auditivos.
A intervenção directa especializada do terapeuta da fala implica condições específicas ao nível dos recursos materiais.
É fundamental ao longo de todo este processo o respeito pelas crenças e valores, bem como pelas decisões dos pais. Contudo, para que existam famílias com poder de decisão, compete à equipa da Escola de Referência o fornecimento de toda a informação pertinente. É da troca constante entre as experiências e expectativas dos pais com o saber técnico dos profissionais que resultam futuros adultos surdos mais activos e integrados na sociedade.
Autoras: Terapeutas Alexandra Lopes, Cristina Oliveira e Carmen Torres (in Projecto de criação da Escola de Referência)
Quinta-feira, 5 de Março de 2009
Hoje, funcionamos no modelo bilingue de educação para alunos surdos, apostando no atendimento precoce a bebés surdos, providenciando apoio educacional, LGP e Terapia de Fala para o bebé e para a sua família.
Os alunos surdos bilingues do 2º e 3º ciclos frequentam Educação Física, EVT, ET, TIC, AP, EA e FC com alunos ouvintes, pois são turmas muito pequenas (de 3 a 5 alunos) e, também por que acreditamos que o contacto entre surdos e ouvintes é proveitoso para as duas comunidades – há alunos ouvintes que pretendem abraçar a profissão de Intérprete de LGP…
Temos, ainda, alunos surdos de opção oralista que frequentam turmas de ouvintes e recebem apoio por docentes especializados e têm as adequações curriculares que necessitam bem como Terapia de Fala e LGP como 2ª língua (para os que os pais pretendem).
Sabemos que temos um longo caminho a percorrer, mas orgulhámo-nos do nosso percurso. Todos, docentes, formadores, terapeutas e intérpretes de LGP, em colaboração com as comunidades de Surdos, particularmente as suas Associações, Instituições de Formação Superior (Universidades e Escolas Superiores de Educação) pretendemos estabelecer parcerias, nomeadamente através de núcleos de estágio (este ano temos estagiários de: ASP, Universidade de Coimbra, ESE do Porto, ISAVE) e colaboramos em projectos de Investigação – Mestrados e outros – de modo a divulgar as questões relacionadas com a Educação de Alunos Surdos, com a Cultura e Língua da Comunidade Surda …